Imigrantes haitianos, uma questão humanitária ou desumana?
Não vou me ater muito ao que se refere a imigração ilegal, ao tratamento dado aos imigrantes ou a questões legais decorrentes do tema abordado, ao final do artigo seguem referencias cronológicas com abordagens variadas referente ao tema para consulta, o que apresento é uma possibilidade para se repensar a questão e propostas de abordagem ao tema de forma diferenciada para uma alternativa ao que já foi dito e feito até o presente momento, no caso a apenas alguns aspectos a considerar antes desta abordagem; a questão da ocupação do Haiti por tropas de força de paz da ONU desde 2004 na qual o Brasil possui uma delegação atuante e a devastação causada por um terremoto em meados de 2010, estes aspectos evidenciam uma nação fragilizada e desestruturada que não consegue se restaurar, o que a principio é o catalizador da imigração maciça não apenas para o Brasil, logo tentar combater o problema sem amenizar ou tratar as causas será uma batalha sem fim na qual perdem ambos os lados; tanto imigrantes ilegais (e legais que acabam sendo discriminados) quanto o Brasil que de certa forma não garante direitos constitucionais a seus próprios cidadãos e por questões politicas se compromete mas também não consegue
garantir direitos básicos aos imigrantes.
O que proponho como abordagem do problema é que sejam criados grupos de pessoas formados pela sociedade civil e entidades governamentais e não governamentais para elaboração de um plano de ação efetivo no auxilio a deportação dos imigrantes ilegais para desestimulo da continuidade do processo, porem, esta deportação seria realizada de forma que estes imigrantes estejam preparados para reconstrução de suas vidas e estimulados a reconstruir sua nação, reequilibrando desta forma a causa do problema, no caso o termo deportação não se insere no contexto como expulsão, mas como reintrodução destes indivíduos em um ambiente abalado que necessita mais do que tudo de pessoas com força de vontade para uma reconstrução.
A principio a criação destes grupos deverá ser planejada da seguinte forma:
• Uma comissão de pesquisa histórica formada por pesquisadores ou estudantes de faculdades estaduais/federais ou privadas.
• Uma comissão de psicólogos/sociólogos formada por pesquisadores ou estudantes de faculdades estaduais/federais ou privadas para o processo de transição.
• Uma comissão de engenheiros/agrônomos formada por pesquisadores ou estudantes de faculdades estaduais/federais ou privadas e pela EMBRAPA.
• Uma comissão formada pelas forças armadas do exercito brasileiro e organizações como a cruz vermelha.
A finalidade deste grupo seria desenvolver uma pesquisa histórica com base na origem do fluxo migratório (primeiras pessoas a realiza-las, rotas traçadas e etc), auxiliar emocionalmente os integrantes deste projeto (imigrantes) tanto no processo de transição como na reintrodução ao Haiti reforçando e fortalecendo valores culturais de origem, desenvolver/pesquisar projetos de construção de baixo custo, viabilizar projetos e
alternativas rurais e básicas de saneamento e captação de agua, plantio e criação de animais ou pratica da pesca entre outros como fins de sustento (talvez até mesmo projetos de reciclagem ou manufatura de baixo custo a fim de exportação). Já a participação das forças armadas se daria no âmbito de abrigo a estes imigrantes em quarteis das forças armadas a fim de que os mesmos obtivessem treinamento humanitário para atuar como os soldados brasileiros atualmente o fazem nas forças de paz e ao longo do tempo substituir soldados por imigrantes ilegais treinados para esta tarefa, no caso os mesmo não receberiam treinamento militar, apenas treinamento físico, de sobrevivência, disciplinar, e de primeiros socorros (dai o porque da parceria com ONG´s como a cruz vermelha ou parceria com universidades da área da saúde) e permaneceriam nos quarteis por um período determinado sendo enviados ao Havai pelos aviões das forças armadas e tendo a supervisão do comando brasileiro das forças de paz já atuantes no pais, a estes grupos seria cedido os resultados das pesquisa já mencionadas anteriormente (ou até mesmo representantes poderiam supervisionar por períodos alternados) para implementação no Haiti.
Em uma analise geral o retorno destes imigrantes desestimularia financeiramente o investimento atual para se atravessar a fronteira de forma ilegal, reintroduzirá os imigrantes ao ambiente de origem, estimulará o esforço para contribuição efetiva na reconstrução da nação Haitiana, por outro lado sabendo que não permanecerão livres para circular de qualquer forma em território brasileiro caso estejam em situação ilegal desestimulará futuras gerações que pensão em imigrar ilegalmente e os gastos para manutenção do projeto pode-se justificar com a economia na busca efetiva que se faz para impedir o acesso via fronteiras que se mostra incapaz de lidar com a questão, também deve se levar em conta que a estrutura para implementação do projeto já existe, bastando apenas uni-las nesta conjuntura.
Referencias cronológicas:
26/12/2011
03/03/2012
15/11/2012
02/05/2013
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/muralinternacional/article/view/8370/6500
19/10/2013
26/04/2014
07/05/2014
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01/06/2014